carregando...
Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Você está em: Cadeia Produtiva > Espaço Aberto

Ovinocultura: pra onde caminhamos?

postado em 11/02/2014

14 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O produtor rural da região de Pinheiro Machado e Pelotas/RS, zootecnista e mestrando na área de produção ovina, Pablo Tavares Costa, enviou um texto para o FarmPoint sobre a atual realidade da ovinocultura na região sul do Estado de Rio Grande do Sul. Abaixo leia o artigo na íntegra e participe deixando o seu comentário.

"Existe um enorme descompasso entre as informações relacionadas com o setor e a atual realidade enfrentada pelos ovinocultores da região sul do Rio Grande do Sul. Registram-se crescentes aumentos no consumo e, consequentemente, na demanda por carne ovina.

Segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai, as exportações de carne ovina para o mercado brasileiro apresentaram incremento de 40% nos últimos doze meses e os preços aos consumidores vêm sofrendo reajustes exponenciais (a foto abaixo foi retirada na última quinta-feira, dia 06/02/2014, em uma promoção de carne ovina, em um dos maiores supermercados do município de Pelotas/RS). Esses fatores são extremamente positivos para a atividade visto a “aparente” necessidade de aumento do rebanho nacional para o atendimento da demanda.



No entanto, pouco se fala da outra ponta da corda, pois a realidade de quem produz essa carne é totalmente diferente. Nota-se produtores desestimulados, muitos inclusive abandonando a atividade ou reduzindo o número de matrizes; há uma tremenda dificuldade na comercialização de animais para o abate e os preços praticados pela indústria frigorífica são consideravelmente inferiores comparado a dois ou três anos atrás. Minutos atrás me ligou um comprador de ovinos para abate oferecendo R$ 8,00 pelo quilo da carcaça, desde que os animais apresentassem determinada condição corporal e produzissem carcaças dentro de uma faixa de peso específica, caso contrário esse preço ainda teria um “pequeno” desconto.

Assim ficam duas perguntas aos amigos: Quem está ficando com os R$ 31,28 restantes? Será que dessa forma conseguiremos reduzir os abates informais?

Existe um grande gargalo na atividade, há anos se bate nas mesmas teclas, mas não se observam resultados efetivos. Ou toda a cadeia se organiza, ou estaremos fadados a seguir produzindo uma carne “exótica” que é consumida apenas no Natal e na Páscoa.

Saudações ovelheiras!"



 

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

Jaime de Oliveira Filho

Itapetininga - São Paulo - Ovinos/Caprinos
postado em 11/02/2014

Estou na atividade a muito tempo e tenho acompanhado a evolução da cadeia e noto que a indústria não valoriza como deveria o produtor,pois ela precisa entender que deve haver bom senso e não querer ganhar margens de lucro abusivas,outra questão é que o produtor poderá negociar bons preços com a indústria se formarem associações que tenham peso na hora da negociação e ao mesmo tempo tenham o produto que tanto o consumidor quer,o preço de venda deve ser negociado com o produtor,para que a indústria e o produtor possam ganhar juntos em cima da demanda crescente no consumo de carne ovina.

Pedro Alberto Carneiro Mendes

Fortaleza - Ceará - Consultoria/extensão rural
postado em 11/02/2014

Uma dificuldade séria para o produtor é que os frigorícos só compram a "cabeceira do rebanho" ou seja aqueles que atingirem as cacacterísticas preconizadas por eles, em termos de peso vivo, idade de abate. etc.,   que o produtor fará com os descartados os venderá por qualquer preço, ou fará abate informal. Essa é uma realidade perversa.

Joel Stocker

Pelotas - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de corte
postado em 11/02/2014

Caro amigo Pablo Costa,
não tenho bagagem suficiente para debater sobre o comportamento dos preços de carne ovina aqui no sul do nosso Estado, até porque ingressei na ovinocultura recentemente, mesmo tendo acompanhando o setor já a um bom tempo. Concordo plenamente que existe sim um precipício entre o abate ilegal e a organização do setor e a valorização do nossos produtos (Carne, lã, queijo), mas de que forma podemos chegar a uma estruturação de mercado?
Posso lhe dizer que, se continuarmos nos preocupando com nossa criação da porteira pra dentro, continuaremos sem apoio, sem respaldo, sem poder de barganha e dependendo da venda ilegal e/ou de intermediários. Me usando de uma pequena bagagem acadêmica, me arisco a dizer ainda, que, somente ganharemos vez e voz através da Organização Social dos envolvidos. Historicamente, as classes mal organizadas, sem apoio e com dificuldades, buscaram no Associativismo e no Cooperativismo uma maneira de se contrapor ao que o mercado lhes proporcionava, não deveria ser diferente com a Ovinocultura, já passamos da hora de nos organizar, isto é um fato, e depende de nós produtores.
De nada adiantará ficarmos com este individualismo, onde o "bacana" é ter uma cabanha renomada. Sabemos cuidar nossos animais, da sua sanidade, alimentação, mas não nos damos conta de que precisamos nos organizar em prol de objetivos comuns: a organização da venda e oferta de carne de cordeiro.
Já venho discutindo este assunto com outros criadores da região sul, mas infelizmente nem todos veem com bons olhos, sabemos que "alguns" preferem ficar reféns do "sistema" se contentando com o que é oferecido, a compartilhar ideias e buscar alternativas de mercado para outros produtores.
Se o Ovinocultor entender que, para termos força suficiente basta apenas nos organizarmos em Sociedades de Pessoas Regionalizadas, ficará mais fácil de reivindicar e buscar apoio aos nosso anseios.
Desde que comecei na ovinocultura o que tenho buscado são parceiros, e o que mais precisamos no setor é solidariedade e cooperação.
Qualquer crítica ou sugestão deixarei meu email. joelstocker85@gmail.com

José Carlos da Silveira Osório

Pelotas - Rio Grande do Sul - Pesquisa/ensino
postado em 14/02/2014

Não esquecer os bons exemplos: Cordeiro Herval Premium, Grupo do Alto Camaquã ... por citar alguns. Organização da cadeia e busca de apoio, principalmente, municipais e do Estado. A ovelha fixa o homem no campo, é uma questão social e como tal deve receber incentivo, como? diminuindo e/ou retirando impostos e colaborando na organização (através das secretarias municipais e estadual correspondente). Não é fácil, mas não perder o ânimo e espírito ovelheiro é bom começo. Tivemos oportunidade de participar em iniciativas que propiciaram mudanças significativas. Quem não lembra que o preço do kg de cordeiro era inferior ao preço do kg do boi! Quantos passaram e estão passando por experiências que podem contribuir para um projeto de curto, médio e longo prazo ... Certamente que, um projeto bem elaborado vai ajudar na retomada e/ou na continuidade para a busca da "organização da cadeia produtiva". Abraço jc.s.osorio@hotmail.com

Joel Stocker

Pelotas - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de corte
postado em 14/02/2014

Evidentemente que não devemos esquecer exemplos de grupos sociais que se organizaram e buscam agregar valor a ovinocultura. Assim com também, não nos esquecemos da extensão rural que apoia produtores, dos programas de fomento, mas devemos admitir que nem tudo é para todos. Quando me refiro a criar organizações de produtores, me refiro a termos entidades que cumpram seu papel social em busca de melhorias econômicas aos envolvidos, SEM A VISÃO DE LUCRO, onde a venda dos produtos(lã, carne, leite ou queijo) cumpra uma parcela dos objetivos da sociedade. Uma sociedade de pessoas organizada e participativa conseguirá facilmente diminuir também seus custos de produção, seja na compra de insumos em conjunto, seja compartilhando genética, seja oferecendo qualificação técnica aos associados, e tantas outras mais.
A causa é nobre, basta que à abraçamos.

Pablo Costa

Pinheiro Machado - Rio Grande do Sul - Zootecnista
postado em 15/02/2014

Prezado Joel,
certamente a melhor alternativa para os ovinocultores é a criação de cooperativas com a criação de marcas de denominação de origem dos produtos para que se consiga agregar valor a toda a cadeia produtiva; como muito bem lembrado pelo comentário do Prof. Osório, temos na região o Grupo do Alto Camaquã que vem se organizando recentemente e o Cordeiro Herval Premium, que após seguir caminhos equivocados, hoje busca retomar seu espaço no mercado, no entanto, hoje esses programas abatem um número muito reduzido de animais por mês, o que inibe a realização de investimentos por parte dos ovinocultores na terminação de animais em épocas que não as já tradicionais de comercialização, visto a incerteza de ter como comercializar sua produção a preços razoáveis. Gostaria de citar o exemplo da Cooperativa Castrolanda, da região de Castro/PR, que apresenta uma organização exemplar, dispondo de diversas alternativas para que seus associados consigam terminar e abater seus animais, além de disponibilizar assistência técnica e valorizar o trabalho dos cooperados. Acredito que o que nos falta no Rio Grande do Sul é uma cooperativa que realmente atue como parceira dos ovinocultores, pois o que tenho observado são sistemas que não conseguem atuar desta forma e, por distintos fatores, acabam se tornando apenas uma 'marca' da qual o produtor é apenas mais uma peça da engrenagem. Nós temos o produto, o mercado quer esse produto, falta os produtores se organizarem para que 'suas engrenagens' façam, em conjunto, a máquina funcionar para que toda cadeia ganhe com isso.
Fico a disposição dos amigos para qualquer tipo de consideração: pablocostta@hotmail.com
Abraços.

Pablo Costa

Pinheiro Machado - Rio Grande do Sul - Zootecnista
postado em 15/02/2014

Prezado Osório,
acabei respondendo parcialmente seu comentário em conjunto ao do amigo Joel Stocker, mas gostaria de salientar que o motivo que me levou a escrever esse pequeno texto foi minha preocupação com os rumos que a atividade vem tomando em nossa região, sei que o senhor atua com muito louvor nas áreas de pesquisa e ensino em ovinocultura, no entanto, talvez por não tratar diretamente com a parte comercial da atividade, acabou se equivocando ao comentar: "Quem não lembra que o preço do kg de cordeiro era inferior ao preço do kg do boi!"; infelizmente hoje o preço médio do quilo do cordeiro é inferior ao preço médio do quilo do boi no estado do Rio Grande do Sul (http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_14022014.pdf), sendo que em nossa região (Bagé/Pelotas) o preço médio do quilo do boi já é 13% superior ao preço do cordeiro, com tendencia a crescimento desta diferença. A realidade é preocupante. Precisamos nos organizar e agir.
Abraços!

Walter Rogério Diesel

Goiânia - Goiás - Pesquisa/ensino
postado em 17/02/2014

Caros colegas, gostaria de expressar minha contribuição, passando um pouco da minha experiência.
Podem procurar sobre a Cordeiro Real no Google e verão alguma coisa da nossa pequena história. Eu mesmo criava ovinos em Goiânia, e acabei me empolgando pelo entusiasmo de dois colegas e acabamos montando a Cordeiro Real. Tudo muito bom, padrão tipo exportação, e com crescimento de 11% ao mês no comércio. Os problemas: começamos ter que comprar cordeiro, e tentamos muito criar um modelo de produção e comércio que fosse bom para o produtor e para nós da indústria. Mas o produtor não quiz saber de tecnologia e achava que seu produto era o melhor, e por isso valia muito. Na minha opinião estava demasiado caro. Começamos pagando 4,00 / kg em 2009, e terminamos em 2011 pagando 6,50/kg. Mas a qualidade e a quantidade não cresceram, pelo contrário, pioraram. O kg da carcaça pago equivalente ao produtor partiu de 9,00 e foi a 13,00. Com isso o custo final do produto em cortes e embalado à vácuo subiu de 13:80 e foi a 24:50. Falo em custo industrial, ainda falta o custo da distribuição e a margem de comercialização! Daria para continuar?
Quiseram transformar uma carne que uma das primeiras da história do homem e algo exótico. Enquanto isso persistir, e enquanto não atentarmos para o fato de que o mercado é soberano não tem como essa atividade progredir! Ovinocultura precisa de escala grande de produção para poder competir com outras carnes e ter preços baixos. Ao mesmo tempo, pequenos rebanhos não condizem com o padrão tecnológico e a qualidade que o mercado exige atualmente. Esperar pelo setor público é piada. Repito, o mercado é soberano! Estamos num mercado capitalista. E nesse, não existe coletividade e harmonia entre os segmentos. É a lei do mais forte. Por isso o negócio tem que ser grande e profissional.
Espero ter contribuído.

GUILHERME BENKO DE SIQUEIRA

Monte Santo de Minas - Minas Gerais - Produção de ovinos de corte
postado em 17/02/2014

Prezados Amigos,

Também sou produtor de carne ovina a bastante tempo e me inseri desde o início tentando fortalecer os elos da cadeia. É coisa de Guerreiro. Tenho escrito alguma coisa a este respeito e gostaria de compartilhar com vocês. Segue link do meu Blog.

http://profguibenko.blogspot.com.br/

Atenciosamente,

Prof. Guilherme Benko de Siqueira

José Carlos da Silveira Osório

Pelotas - Rio Grande do Sul - Pesquisa/ensino
postado em 18/02/2014

Prezado Pablo Costa:
Quando falei quem não lembrava que o preço do kg do cordeiro era inferior ao do boi, referia-me a que com a criação do Cordeiro Herval Premium, o preço do cordeiro chegou a ser superior ao preço do boi e, antes era inferior ao da vaca ... águas passadas. Realmente, agora ando bastante afastado dos produtores e parte comercial no RS (ando em MS, com os ovinos Pantaneiros e Naturalizados). Agora é nova época e novas alternativas. O exemplo da cooperativa de Castro, Castrolanda, é ótimo, estive várias e diversas vezes, quando do início, inauguração do frigorífico, fizemos lá um concurso de carcaças. Faz um tempo que não vou rever bons amigos que lá fiz, Nadiel, João Ricardo, Izaltino ... Taeke do Portão Vermelho. Muito bem lembrado esse exemplo. Também o Cordeiro Paulista, que vai no rumo certo ... Enfim, o sistema cooperativo é de grande valia e vejo que são muitas as informações e alternativas a serem tomados. Deixo nosso incentivo e apoio e um Grande abraço.

Pedro Henrique do Nascimento Ruete

Adamantina - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 19/02/2014

Saudações,
também acho que os produtores são, por muitas vezes, mau remunerados. Mas vejo também, como um dos principais problemas da ovinocultura (ao menos aqui na região de Araçatuba) a completa falta de profissionalismo (AMADORISMO), falta de conhecimento técnico e de mercado por parte da grande maioria dos produtores.
Acredito que a indústria tem importância ímpar na cadeia produtiva e deve ser valorizada.
Porém deve antes respeitar os produtores, principalmente os que vivem da produção, o que não ocorre na mairia dos casos.
Aproveito para pedir ao Farm Point que publique algo a respeito do Marfrig de Promissão ter imperrompido os abates de ovinos.
Um bom dia a todos

Walter Rogério Diesel

Goiânia - Goiás - Pesquisa/ensino
postado em 19/02/2014

Pedro, no mínimo parou porque não tem ovinos. Ele sempre atuou em ociosidade enorme, e passou a comprar de tudo, em todo o lugar. Quando eles abriram e fizeram um monte de mídia sobre o caso, sempre falei que isso não virava. Pois a capacidade instalada era muito alta. Se não me engano era de 1.000 por dia. Jamais alcançariam isso. É utopia.
Não tem volume, então não aguenta os custos de logística, que são os mais caros do que o próprio abate.

roger pagel soares

Tupanciretã - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 24/02/2014

Trabalho a mais de 30 anos com Ovinos,como produtor,tecnico de extensão rural,instrutor do Senar/RS,....Nessa longa jornada aqui no Rio Grande do Sul ,e como ja falei em outras ocasiões,. conto nos dedos das mãos os poucos ovinocultores que conheci.Os poucos produtores que desejam investir na atividade ficam receosos pelas inumeras barreiras encontradas e os preconceitos com relaçao a atividade.Enquanto não houver organização associativa  por parte dos produtores e garantias de comercialização pelo  setor industrial.,a atividade continuara sendo uma opção para muito poucos.O setor representativo da classe rural devera criar mecanismos para discutir e criar programas efetivos para a ovinocultura brasileira.O dia em que pudermos investir  20% do que se investe na Agricultura na Criação de Ovinos,com certeza seremos os maiores produtores de ovinos do mundo e teremos realmente a ovinocultura como uma atividade prioritaria nas nossas propriedades rurais.

Flavio Schirmann

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Ovinos/Caprinos
postado em 25/02/2014

Tenho algum conhecimento técnico e prático em ovinocultura. Minha família já foi produtora de ovinos de lã por muitos anos, até o início da crise.Tenho a terra  e algum capital para investir. Meu projeto está na gaveta há uns trinta anos. Vez por outra eu retiro da gaveta, faço as contas ... ele volta para a gaveta! Tudo o que foi falado aqui é muito procedente, as pessoas falam d'aquilo que conhecem e isso é bom.Acredito que a solução passa pelo associativismo dos produtores e a organização da cadeia produtiva  por parte do setor industrial.O dia que acabar o "SALVE-SE QUEM PUDER" todos sairão ganhando, desde o produtor, passando pela indústria, distribuição até o consumidor. Evitando-se essa gangorra de preços onde poucos ganham muito e no final todos saem perdendo. Quando chegar este dia vou tirar meu projeto da gaveta até lá vou acumulando conhecimentos...só vou investir se for um negócio lucrativo!

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade