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Quer saber detalhes sobre a terminação de cordeiros em confinamento?

postado em 02/03/2011

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A terminação de cordeiros em confinamento apresenta algumas vantagens em relação à terminação a pasto quanto ao nível de infecção parasitária (ecto e endoparasitas), estresse ambiental (calor, umidade e chuvas), economia de energia (baixo nível de locomoção) e controle nutricional (dieta adequadamente balanceada), que proporcionam o abate precoce e a produção de carcaças com alta qualidade, o que reflete em melhores preços na comercialização e encurtamento do ciclo produtivo com retorno mais rápido do capital investido.

Sistemas que promovem um crescimento rápido geralmente atingem ganhos médios diários superiores a 200 g/d e alcançam melhor eficiência alimentar, necessitando de um número menor de dias para finalizar a terminação e colocar os cordeiros no mercado.

Para a terminação de cordeiros em confinamento alguns pontos devem ser observados. Entre eles, destacam-se: a duração do confinamento, a utilização de subprodutos na dieta e, a compatibilização do nível nutricional e do potencial genético do animal. Sendo assim, a produção de cordeiros confinados para abate depende do potencial genético para ganho de peso e conversão alimentar, manejo correto na pré-desmama, alimentação e manejo sanitário adequados, respeito ao peso ótimo de abate, preço acessível de insumos e valor de comercialização compatível com a qualidade das carcaças produzidas.

Apesar dos vários fatores, acima citados, exercerem forte influência sobre o sistema em confinamento, seu sucesso econômico depende sobremaneira da eficiência do ganho de peso, uma vez que as despesas com alimentos compõem a maior parte dos custos da produção de cordeiros precoces e do confinamento.

Com isso, os principais pontos a serem observados, para se obter uma eficiente e econômica conversão dos alimentos da ração em carne, são: potencial genético dos ovinos a confinar, balanceamento da ração, manejo de arraçoamento e grau de terminação dos ovinos confinados.

Como já abordado no módulo anterior, o ganho de peso envolve o acúmulo no corpo do animal de uma mistura variável de tecido muscular e de tecido adiposo, além de tecido ósseo e tecido visceral. No entanto, as raças especializadas em carne produzem carcaças com diferentes percentuais de gordura a um dado peso, de forma que é necessário conhecer o grau de terminação e, consequentemente, o peso de abate ideal, dos grupos genéticos utilizados no confinamento, uma vez que é necessário 4 vezes mais alimento para o animal produzir uma unidade de peso de gordura do que para produzir a mesma unidade na forma de músculo. Do ponto de vista da eficiência da terminação, o teor de gordura na carcaça deve ser o menor possível, buscando-se apenas o mínimo indispensável para atender às exigências do frigorífico e garantir a qualidade desejada de carcaça.

O balanceamento adequado da ração, do ponto de vista de resultado econômico, deve observar três importantes aspectos: conhecimento da composição nutricional e dos custos dos alimentos a serem utilizados, ajuste às exigências nutricionais e ao potencial de ganho e de conversão alimentar dos cordeiros; e formulação de dietas econômicas, comumente, por meio da inclusão de subprodutos ou alimentos alternativos.

A terminação de cordeiros com dietas com alto volumoso reduzem os custos diários do confinamento, porém aumentam o número de dias necessários para que o peso de abate seja atingido, o que eleva o custo de produção e compromete a eficiência do confinamento dentro do sistema de produção. Atualmente, dietas com proporção volumoso:concentrado entre 40:60 e 20:80 têm sido utilizadas com sucesso, garantindo ganhos médios diários entre 230 e 320 g/d, mesmo para cordeiros Santa Inês, e possibilitando idade de abate inferior a 120 dias.

O fornecimento da ração deve ser ajustado de acordo com o consumo, aumentando gradativamente a quantidade diária fornecida para cada lote de cordeiros. É importante que o fornecimento da ração seja bem dosado, pois tanto o excesso quanto a falta resulta em prejuízo - um pelo desperdício e outro pelo baixo consumo. Vale ressaltar que os animais devem ser agrupados de acordo com o peso vivo médio, em princípio não devendo ultrapassar mais de cem animais por lote.

Dentro de um mesmo lote, por mais homogêneo que seja, os desempenhos individuais são variados e existem cordeiros com taxa mais alta de crescimento, atingindo as condições de abate antecipadamente. É necessário identificar esses indivíduos, por meio de pesagens periódicas, e vendê-los à medida que vão atingindo o grau de terminação adequado. Do ponto de vista econômico, jamais se deve esperar até que todos os cordeiros do lote (ou quase todos) tenham atingido ou ultrapassado o grau de terminação desejado, para então comercializar para abate o lote todo, pois o custo de produção pode tornar-se muito mais elevado.

O confinamento é uma tecnologia de grande aplicação na ovinocultura de corte moderna e apesar do maior custo de produção em relação à terminação a pasto, proporciona vantagens econômicas indiretas, pois, dentre outros aspectos, permite o abate precoce dos cordeiros com melhor qualidade de carcaça; adianta a realização de receitas acelerando o giro do capital; permite a liberação de áreas de pastagens para aumentar o rebanho de matrizes elevando a escala de produção da propriedade; e pode garantir preços diferenciados de até 20% na comercialização.

Se você se interessou pelos conceitos expostos acima, e quer conhecer mais sobre todos os aspectos relacionados a produção intensiva de cordeiros do nascimento ao abate, conheça e participe do Curso Online Produção intensiva de cordeiros: do nascimento ao abate, que abordará princípios fundamentais para a produção intensiva de cordeiros, dicas de manejo pré e pós natal, manejo para terminação buscando características ideais de carcaça e uma visão sobre a produção de ovinos no Brasil e nos principais players mundiais.

Este trecho faz parte do módulo 5 do curso online Produção intensiva de cordeiros: do nascimento ao abate, que terá início no dia 07 de abril e abordará os seguintes temas: mercado e cadeia produtiva da carne ovina, raças, cruzamentos e adequação aos sistemas de produção, manejo pré-natal de cordeiros, manejo pós-natal de cordeiros, terminação de cordeiros e características de carcaça.

O instrutor desse curso é Daniel de Araújo Souza, médico veterinário pela Universidade Federal da Bahia e consultor em sistemas de produção de carne ovina. Possui especializações em Administração Rural (UFLA) e em Manejo de Pastagem (FAZU). Atualmente é aluno de mestrado em Zootecnia (UFC), com área de concentração em Produção Animal. Possui sólida experiência prático-acadêmica nas áreas de reprodução, saúde e produção animal. Desde 2003 atua na consultoria em eventos agropecuários das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobrás. É também colaborador da seção Dicas de Sucesso e Conjuntura de Mercado do FarmPoint.

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