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Atacado por ruralistas, Minc pede desculpas

postado em 25/06/2009

12 comentários
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Bombardeado ontem (24) por cinco horas em uma audiência na Câmara, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc pediu desculpas aos grandes produtores por tê-los chamado de "vigaristas" no mês passado. Mas o recuo não evitou que levasse o troco na mesma moeda dos integrantes da bancada ruralista, que cobraram sua demissão do governo federal e o chamaram de "maniqueísta".

A revolta dos deputados ligados à agropecuária teve origem no final do mês passado, quando Minc se referiu aos grandes produtores como "vigaristas", sugerindo que eles, além de acumular bilhões em dívidas, usavam os pequenos agricultores como massa de manobra para exigir mudanças na legislação ambiental.

Ontem, Minc recuou da expressão, considerada por ele como "indevida" e "descabida", mas não mudou seu ponto de vista macro. "Retiro a expressão. Ela não revela o meu ponto de vista", declarou.

"Já o conjunto das questões que defendo, - como o tratamento diferenciado à pequena produção, críticas que faço sobretudo aos grandes latifúndios que praticam a monocultura, o desmatamento, que usam agrotóxicos -, obviamente as mantenho", completou.

Ruralista histórico e líder na Câmara do oposicionista DEM, o deputado federal Ronaldo Caiado (GO) fez um dos ataques mais ferozes ao ministro: "É um maniqueísmo. Aí ele entende bem. Ele é professor do maniqueísmo. Ele é o bem, e o produtor rural é o mal".

Outro duro ataque veio de Giovanni Queiroz (PDT-PA). "Isso [clima de mal-estar] só acabaria se o presidente Lula o demitisse. Vossa Excelência não merece o cargo."

Depois de ouvir o primeiro bloco de perguntas, Minc respondeu às declarações dos ruralistas. A Caiado, fundador nos anos 80 da UDR (União Democrática Ruralista), o ministro disse ter recebido "agressões injustificadas e mentirosas". Sobre a sugestão de Queiroz para que Lula o demitisse, ironizou: "É um direito seu. Pode falar com o presidente".

Essa tensão de Minc com a bancara ruralista nada mais é do que um reflexo dos recentes embates dentro do próprio governo entre as áreas ambiental e agrícola, que é representada na figura do ministro Reinhold Stephanes (Agricultura). Anteontem (22) na Câmara, Stephanes disse que sua pasta não é ouvida nos processos de mudança da legislação ambiental.

As informações são do jornal Folha de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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Comentários

borges pereira dos santos junior

Tucumã - Pará - Produção de gado de corte
postado em 25/06/2009

Este Minc e um incompetente tem que ser demitido

Aristides Machado

Dourado - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 25/06/2009

É preciso que o produtor rural,e a sociedade deve saber,pare de ter a pecha de fazendeiros milionários exploradores das classes menos favorecidas,destruidores do meio ambiente ,exploradores de madeira ilegal ,Existem exceções mas esta não é de forma nenhuma a regra.

A lesgilação ambiental em nosso país de dimensões continentais ,tem que ser regionalizada é óbvio.A mesma lei para a Amazonia dificelmente servirá para a serra gaucha,o sul mineiro,o oeste do Parana e assim por diante.

Como produtor penso num mundo melhor para meus filhos,preservando e tentando deixar um lugar melhor para eles viverem ,mas é nescessário bom senso,coisa que parece estar faltando ao nosso ministro e a alguns elementos do ministério público.

Fazer um mundo melhor é prioridade de todos nós,produtores,empresários,consumidores enfim de toda sociedade.Problemas brasileiros serão resolvidos por nós!Não é preciso que ongs estrangeiras venham palpitar .Afinal a Holanda drenou todo um estuário ,para aumentar sua área,destruindo um rico manancial ecológico!e nós não estamos pedindo que eles o recomponham não é mesmo!

Emfim está na hora de parar de fazer demagogia ,sentarmos com BOM SENSO e resolver nossos problemas de forma séria!

Jorge Humberto Toldo

Jussara - Goiás - Consultoria/extensão rural
postado em 25/06/2009

Além de incompetente, bitolado nas questões de clamor (Amazônia), ainda é debochado.

Ele esquece que meio ambiente começa no esgoto da cidade dele, passa pela chaminé das fábricas, pelos escapamentos dos carros com combustíveis de péssima qualidade, na falta de saneamento principalmente nas regiões menos favorescidas e por aí a fora.

O Ministro Minc seria ótimo à frente do greenpeace, aliás é o radical perfeito.

Paulo Cesar Bassan Goncalves

São José do Rio Preto - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 25/06/2009

Ilmo Sr Ministro Minc imagino que conduzir um Ministério do Meio Ambiente não deva ser fácil pois os mais diferentes interesses passam por sua mesa e demandam tomada de decisão, que às vezes desagrada x y ou z. Mas se tem um setor correto, de uma maneira geral e que age segundo bons princípios, este setor é o da pecuária de corte. Acredite os verdadeiros empresário rurais querem transparência e regras claras, porém exequiveis para o progresso do setor. A grande maioria tem orgulho de produzir produtos de forma adequada e boa qualidade sob todos os aspectos. Chegou a hora da conversa para padronizar atividades e açõe humanas sustentáveis e viáveis. Necessitamos do agente catalizador.

Paulo Cesar Bassan Goncalves

São José do Rio Preto - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 25/06/2009

Ministro MInc posso imaginar como se sente após toda esta polêmica. Acredito que toda experiência tem seu lado bom. Procure se integrar com as pessoas sérias do setor (e são muitas, o Sr verá!) e gerar um atuação menos impositiva e mais concientizadora, educativa. Os resultados podem surpreender. As coisas mudam, o mundo muda!

Humberto Silva Barros

Imperatriz - Maranhão - Frigoríficos
postado em 25/06/2009

Fora Minc, fora Lula.

Carlos Magno Pereira

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Controle Agropecuário
postado em 26/06/2009

Não poderia mais uma vez deixar meu comentário nesse execelente espaço sobre esse "ministro". Pois bem; isso que ocorre quando temos pessoas INCOMPETENTES, DESPREPARADAS no comando de uma pasta tão relevante e importante como tal. Parabéns aos deputados da nossa bancada, os quais mais uma vez, vem provando que além de defender a classe ruralista, conhecem muito bem como funciona nosso setor de produção agropecuário.

Everton Gonçalves Borges

IBIÁ/ MG - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 27/06/2009

Do PT e do LULA a gente pode esperar tudo. O camarada está como Ministro do Meio Ambiente seguindo e obedecendo as ONGs internacionais, só fala em Amazonia, em produtores rurais, quando sabemos que os maiores problemas ambientais estão principalmente no meio urbano - de onde o ministro tem origem e vive - copacabana, ipanema, etc.
O camarada estudou em Portugal e França, qual o conhecimento que tem para chamar os desbravadores os heróis do meio rural de vigaristas. A meu ver, temos com urgencia de pressionar o Presidente Lula para eliminar com este cara.

Em Minas Gerais também temos um casca de ferida do mesmo porte, que é o Secretário do Meio Ambiente do Estado José Carlos de Carvalho, cuja Secretaria é só para travar e dificultar o desenvolvimento do Estado.
Lamento, que estou em final de mandato como Presidente de Sindicato e vou carregar uma grande frustação, que foi não unir a classe produtora e não vê-la participando no dia a dia das coisas de interesse da classe. Só ouço alguma participação, quando a água bate na bunda, estão enforcados ou há possibilidade de prorrogação de financiamento.

A meu ver, temos toda a condição de ser a classe mais forte e ditar as regras do País, pois produzimos o essencial, que é a comida, sem a qual ninguem pode viver, mas para isso é necessário principalmente, termos `UNIÃO E PATICIPARMOS`em tudo que diz respeito ao meio rural, caso contrario continuaremos como estamos hoje, achacado por urbanóides anormais ditando regras para nós cumprirmos.

Everton Gonçalves Borges
Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiá - MG

varlon santos porto

Cariacica - Espírito Santo - Produção de leite
postado em 27/06/2009

Discordo dos acalourados participantes tendo em vista que se há por parte do ministério certa intolerancia é por que a lesgislação em vigor foi completamente ignorada por muitos que a qualquer custo tente angariar lucros, mesmo se por assim dizer venha a destruir toda a espécie vegetal restando apenas a que lhes convier, ou seja, braquiaria, soja, milho etc.

Creio que é preciso produzir sim, porém e imprescindivel atentar para as questões climáticas de nosso combalido planeta sob pena de se assim continuar, ser insustentável e impraticavel todas as formas de agricultura, afinal alguem notou alguma coisa diferente nos ultimos meses? Seca na região sul e mortes em alagamentos no nordeste? Deve ter um motivo." Tudo está interligado", já dizia o velho VON HUMBOLT no século 19.

Tiago Pacheco Rios

Itaberaba - Bahia - Instituições governamentais
postado em 29/06/2009

Não se pode somente defender um dos lados.
As afirmações das dívidas bilionárias e sobre as explorações dos grandes são muito pertinentes, não se pode fechar os olhos!

Óbvio que quem produz tem que se defender, isso é claro, mas não podemos deixar de refletir na ideia de que o meio ambiente necessita de atenção especial, assim como a reforma agrária também! Se você deixar, o homem quer destruir e dominar o mundo em prol do seu individual crescimento. Temos de equilibrar estas forças de forma racional e equilibrada, com uma transição saudável e boa para todos!

Lucas Gdanietz

Uruguaiana - Rio Grande do Sul - Indústria de insumos para a produção
postado em 03/07/2009

O ministro Minc fala em tratamento diferenciado à pequena produção, mas não é isso que irá acontecer por exemplo no oeste catarinense, que é formado basicamente por pequenos produtores, e que com o cumprimento da nova legislação ambiental ficariam praticamente sem ter aonde produzir, pois a maior parte de suas terras estaria dentro das APPs e encostas de rios. A solução seria a aprovação do código ambiental catarinense, que já inclui as beiradas de rios com APP.

thiago thompson camargo

Vinhedo - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 11/07/2009

primeiramente o ministro minc deveria estar mais preparado para o cargo,a fim de evitar tais aborrecimentos,quem não se lembra dos bois piratas,que o proprio ministro inventou,um fiasco,deu o que falar,ele tem que aprender a separar o joio do trigo e não colocar tudo dentro do mesmo baláio,existem sim os ´´maus ´´pecuaristas,mas a grande maioria quer com certeza produzir certo e acaba se perdendo em meio a´´ burrocracia´´.os governantes do nosso pais precisam criar leis coerentes com cada realidade regional,e assim dar suporte para os bons e acabar com os maus produtores!

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