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CE: produtor recorre à silagem para alimentar o rebanho

postado em 18/05/2012

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A seca que castiga o sertão do Ceará provocou elevadas perdas no plantio de grãos e escassez da pastagem natural. As roças de capim que dependiam da chuva para produzir estão secas. Desse modo, os criadores já começam enfrentar dificuldades para alimentar os rebanhos e esse quadro deve se agravar a partir do próximo mês. Uma das alternativas defendidas por técnicos do setor agropecuário para enfrentar o período de estiagem é o uso de silos para armazenar o capim verde.

A técnica de silagem foi demonstrada recentemente na Fazenda Paraíso dos Cavalos, na zona rural deste Município. O evento contou com a presença de cerca de 30 participantes, dentre agricultores, pecuaristas, técnicos, estudantes e parceiros. Foram demonstradas as técnicas adequadas e eficazes para o processo de uma boa silagem, como suporte forrageiro para o fornecimento aos animais, principalmente para enfrentar o período de seca que o Estado enfrenta este ano.

Dia Especial Sobre Silagem

O Dia Especial sobre Silagem foi promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrário, Econômico e Meio Ambiente, em parceria com o escritório local da Ematerce, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Alegre, e a Associação dos Produtores de Leite de Várzea Alegre, na Fazenda Paraíso dos Cavalos, no Distrito de Naraniú.

O proprietário, Luiz Luciano e Silva, produtor de bovinos, ovinos e equinos, disse que há algum tempo começou a fazer silos e desde então enfrenta com segurança o período de pastagem nativa. "A seca é ruim para todos, mas para mim não traz muitos transtornos porque os silos garantem a alimentação do rebanho", frisou. "Sou um incentivador dessa técnica que é viável e barata".

Em consequência da seca, muitos criadores estão vendendo parte do rebanho, transferindo os animais para outras áreas e comprando forragem. Essa é a saída para muitos produtores. "A situação vai se agravar nos próximos meses", disse o agrônomo do escritório da Ematerce em Iguatu, Jaime Uchoa. "A seca agora que está começando".

Nos últimos cinco anos, aumentou o número de criadores que passaram a fazer silos a partir do cultivo de capim no período chuvoso. Ainda é um número reduzido, mas comprova a tendência de crescimento. "No passado, na época do Projeto Sertanejo, houve incentivo e financiamento do Banco do Nordeste para a construção de silos de alvenaria, o tipo trincheira, que está em desuso", explicou Uchoa. "Muitos construíram e não usaram porque acham que sempre teremos chuva e essa mentalidade dos criadores traz dificuldades no período de seca".

Hoje em dia, o silo mais usado é o de superfície que é simples e mais barato. Após preparação do terreno e de colocação de uma lona plástica, os grãos, folhas e talos de sorgo, milho e capim triturados são colocados em um monte que será revestido pela lona. "O segredo de um bom silo é ser bem compactado para evitar a entrada de ar porque a fermentação é anaeróbica", explicou Uchoa. "Um silo pode durar dez anos".

A maior dificuldade para os produtores é dispor de uma máquina para colher e triturar o plantio, que é colocado em um reboque e levado para o local do silo na própria área de produção. O criador Carlos Queiroz, em Iguatu, que é um dos maiores produtores de silagem em Iguatu, lembrou que em um passado recente, eram somente três ou quatro produtores que faziam silos, mas hoje já chegam a 50. "É uma alternativa viável para enfrentar um período de seca", afirmou.

Em 2012, Queiroz cultivou 200 ha de milho, 250 ha de sorgo granífero e 50 ha de sorgo forrageiro. O quilo da ração verde ou da silagem é vendida por R$ 0,20, O preço praticamente dobrou de preço por causa da seca e aumento da procura. "Os criadores precisam acreditar na viabilidade do cultivo de sorgo forrageiro e de outras capineiras", disse Uchoa. Neste ano, a safra do grão terá uma queda média de 70%, na região Centro-Sul, de acordo com dados preliminares da comissão local de avaliação da perda da safra agrícola.

Sorgo garante produtividade e abastecimento

O sorgo forrageiro deve ser cultivado nos meses de fevereiro e a colheita ocorre em 80 dias. Numa área de um hectare, a produção varia entre 30 e 35 toneladas e os grãos são colhidos em apenas uma hora de serviço com o uso de colheitadeira mecânica. O tipo de silo mais utilizado é o de superfície que fica sobre o solo, forrado por capim nativo, e encoberto por uma lona plástica para evitar a penetração de ar. Existe ainda o silo aéreo que é o que utiliza tubos, tambores de metal, geralmente usado em granja, e o silo trincheira, de alvenaria, instalado no solo.

A regulagem da densidade de plantio, ou densidade ótima, promove o rendimento máximo da lavoura, variando com o cultivar e com a disponibilidade de água e nutrientes. No caso do sorgo forrageiro, a densidade normalmente recomendada fica entre 100.000 e 200.000 plantas por hectare na hora da colheita.

As informações são do Diário do Nordeste, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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