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Cecilia Veríssimo opina sobre resistência à vermífugos

postado em 16/03/2010

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A pesquisadora do Instituto de Zootecnia, Cecília José Veríssimo, de Nova Odessa, São Paulo, enviou um comentário ao artigo "Exame de fezes é uma necessidade". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Boa noite aos leitores, e parabéns aos autores pelo texto oportuno no atual contexto da ovinocultura.

A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo através da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Apta, com o apoio da Embrapa Pecuária Sudeste e Laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Federal do Paraná realizaram um levantamento em várias regiões do Estado sobre a situação atual da resistência de vermes gastrintestinais de ovinos aos principais anti-helmínticos que estão no mercado: ivermectina, moxidectina, levamisole, albendazole, closantel.

Os dados ainda estão sendo analisados, mas posso adiantar que as drogas ivermectina e albendazole não tiveram eficácia superior a 90% em nenhuma propriedade observada. Em muitas proriedades, a moxidectina e o closantel já não são mais eficazes, mas, propriedades com mais de 90% de eficácia para esses produtos foram encontradas. O grupo químico que apresentou eficácia em maior número de propriedades foi o levamisole na dosagem de 7,5mg/kg peso vivo (geralmente o dobro da dose de bula).

Quanto às misturas, a minha experiência é que quando há resistência para os produtos constantes das misturas, esta também se mostra ineficaz.

Lembro aos leitores que a nutrição dos animais é muito importante na resistência dos ovinos aos endoparasitas, e que eles devem receber uma dieta de acordo com a categoria em que se encontram: fêmeas no final da gestação e durante a lactação devem ser alimentadas com uma dieta com pelo menos 16% de proteína bruta; dieta semelhante ou ainda mais rica em proteína bruta devem receber os cordeiros e borregas, que também são categorias suscetíveis à verminose. Não se deve esquecer também como fator nutricional, a constância no fornecimento de um sal mineral próprio para ovinos (os proprietários devem ficar de olho no cocho de sal dos animais para verificar se estão SEMPRE com sal)!

Quanto ao limite do OPG para tratamento, eu não fixaria nenhum limiar. Em trabalho feito na Embrapa Pecuária Sudeste, sobre a utilização do método Famacha em Santa Inês, somente animais com OPG acima de 4000 (o número de ovos na câmara McMaster era multiplicado por 100) eram vermifugados, e isso não afetou a saúde do rebanho.

Mais uma vez, parabéns pelo artigo."

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

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