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Daniel de Araújo comenta sobre desenvolvimento da cadeia ovina

postado em 17/10/2011

4 comentários
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O médico veterinário e colunista do FarmPoint, Daniel de Araújo Souza de Fortaleza, Ceará, comentou a enquete proposta pelo FarmPoint, "Foco na produção de carne ovina?". Leia abaixo o comentário e participe deixando a sua opinião sobre este assunto!

"Olá a todos.

Bem, não sei se será possível acrescentar mais alguma coisa a essa discussão, mas de início e respondendo a pergunta da enquete, a atual ovinocultura de corte no Brasil é um cordeiro recém-nascido ainda em busca do teto da mãe. Embora possa soar negativo, há uma bela notícia por trás disso: o cordeiro já nasceu!

Se pensarmos em ovinocultura comercial para produção de carne a nível de Brasil, o que eramos a 5-6 anos atrás? Considerando as condições, estamos caminhando passo a passo e não há como ser diferente. É preocupante como alguns entusiastas do setor pensam em dar e sugerem passadas maiores do que as próprias pernas. Já houve experiências frustrantes (mega-projetos a curto prazo, importação de raças "maravilhosas", tecnologias top do top, etc.) relacionadas a isso e as pessoas não aprendem e não entendem que o sistema agroindustrial da carne ovina se desenvolverá no seu próprio ritmo e sempre em função do mercado, das transações entre os elos da cadeia e das oportunidades de negócio que vão surgindo. Ou seja, não adianta nada tentar impor um ritmo de crescimento e desenvolvimento à cadeia. Isso é apenas a receita base da frustração.

É certo que o mercado está aquecido, que é bastante atrativo economicamente e que nesse momento é mais do que necessário produzir (para sobreviver). No entanto, a nossa velocidade é vagarosa e assim será, porque simplesmente ainda não temos rebanho para garantir uma escala de produção satisfatória, não temos uma referência de qualidade de produto e não temos experiência nesse segmento.

De fato, há algumas boas experiências consolidadas espalhadas pelo país (Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo, por exemplo) que nos sinalizam como um "É realmente possível!", mas a ovinocultura comercial no Brasil ainda é muito nova e há um imenso trabalho pela frente.

Felizmente ou infelizmente, somos um bebê engatinhando e com pressa de crescer!

Abraços e sigamos trabalhando!"

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Comentários

ADENAUER DA CUNHA ALVES

Linhares - Espírito Santo - Revenda de produtos agropecuários
postado em 17/10/2011

Prezado Daniel,
São muito esclarecedores seus argumentos e suas esplanações sobre a cadeia da ovinocultura, muitos querem entrar pensando em retorno fácil e rápido, outros querem mercado próximo a produção entre outros aspectos que pensam em ser a ovinocultura a galinha dos ovos de ouro. Estou projetando uma pequena criação aqui no meu município, dentre os aspectos de produção vejo itens de A a Z, fato que muitos que pensam em produzir não vêem ou não querem ver, problemas vamos ter e muitos, mas com persistencia, trabalho árduo, pesquisas, erros e acertos diversos, com certesa podemos vencer esta guerra, e podemos sim produzir com qualidade, preservando o meio ambiente e conseguindo bons preços no mercado nacional e internacional, pois o tripé da sustentabilidade está nestas três pontas do triângulo: ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTAL.

Parabéns pelo comentário, acredito que lendo e relendo este seu comentário muitos vão repensar de como podem entrar na ovinocultura com os dois pés firmes.

Adenauer da Cunha Alves
Engenheiro Agrônomo.
Linhares-ES

alcion melo

Atibaia - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 17/10/2011

Carne ovina é saúde, não podemos fraquejar. A EMBRAPA TA AÍ, GENTE.Pecisamos ter alimentos de 1ºmundo.

Daniel de Araújo Souza

Fortaleza - Ceará - Consultoria e ensino
postado em 18/10/2011

Olá Adenauer,

Obrigado por sua participação e por suas palavras!!

O excesso de entusiasmo pode ser ao mesmo tempo estimulante como ilusório. Por isso, temos que ter pé no chão e avaliar o negócio passo a passo, sem queimar etapas.

Além disso, ao mesmo em que há muitas coisas boas dentro e em volta do setor, há também coisas ruins, e é necessário ter uma postura profissional para enxergar esses pontos, que muitas vezes são discretos ou estão camuflados.

Sucesso mais uma vez!!

Abraços,

Daniel

João Cláudio P. P. Manente

Bragança Paulista - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 18/10/2011

Olá Daniel,

Penso que a melhor forma de se abordar os problemas, "as coisas ruins" , "pontos discretos e camuflados" da ovinocultura é ainda mais transparência nas discussões.
Os atores da cadeia produtiva da ovinocultura precisam desta transparência para desenvolver e abastecer o mercado. Caso contrário vamos continuar comendo carne ovina uruguaia e discutindo aspectos secundários da atividade.

abraços,

João Cláudio

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