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Dólar, tributos e meio ambiente: os desafios para 2010

postado em 21/10/2009

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A crise afetou de forma direta os principais mercados do agronegócio brasileiro, como os Estados Unidos e União Europeia. A demanda por alimentos chegou próximo às taxas negativas ou nulas de crescimento de alguns países e isso acabou se refletindo nas exportações. Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas brasileiras do agronegócio para o exterior totalizaram US$ 49,3 bilhões, 7,5% a menos que os US$ 53 bilhões contabilizados no mesmo período de 2008.

Para os especialistas, o resultado poderia ter sido pior se não fosse a abertura de novos mercados fora do eixo dos Estados Unidos e Europa. Mas para os próximos anos o cenário deve melhorar. Levantamentos recentes de vários órgãs internacionais, como o da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apostam em um aumento da demanda de alimentos. E mais: todos apontam o Brasil como um dos principais produtores de grãos, proteína animal e biocombustíveis. Do estágio atual ao patamar de celeiro do mundo, porém, o caminho a ser percorrido é longo. "Entre os desafios estão o câmbio, a carga tributária e a questão ambiental", afirma Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Câmbio

De acordo com o ministro da Agricultura, o dólar é um dos grandes fatores de preocupação do agronegócio nos dias de hoje. Ele acredita que a situação de desvalorização da moeda americana diante do real faz com que as margens dos produtores sejam ainda mais baixas, colocando em risco a rentabilidade do campo. "Não podemos deixar que o dólar chegue a uma taxa inferior de R$ 1,50. Isso seria insustentável ao setor", disse o ministro da Agricultura.

Além da desvalorização da moeda, o nível de consumo também preocupa. Segundo a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o consumo mundial ainda não voltou aos níveis pré-crise econômica, o que impede a reação das cotações no mercado internacional.

As receitas com exportações nacionais cresceram em média 13% ao ano na última década, devido a demanda maior, melhora nos preços e aumento de renda em países emergentes. Segundo especialistas, se o setor atingisse a metade dessa evolução por ano, o país acumularia US$ 1 trilhão nos próximos 10 anos. E para chegar até lá, é necessário focar nos investimentos em infraestrutura, avanços tecnológicos, questões ambientais e política agrícola de longo prazo.

Carga tributária

Para João de Almeida Sampaio Filho, secretário da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, é importante que ocorra uma melhora na gestão dos negócios, prevendo também uma redução na sonegação de impostos e na corrupção.

Para que haja um aumento de competitividade dos empresários do setor, Sampaio acredita que será necessário uma reestruturação das empresas agropecuárias, mudanças de contratos e questões tributárias e de sonegação. José Serra, governador de São Paulo disse que o maior problema das empresas de agronegócio é a forte dependência dos insumos, que faz com que os custos cresçam. "A tendência é acelerar um conjunto de ações para a melhoria do sistema tributário e permitir cobrar menos de quem paga mais", disse.

Questão ambiental

Dentro disso, o setor não deve se esquecer da questão ambiental. Na pauta, estão o desmatamento zero, inclusive em áreas onde já está definido o percentual de utilização da terra e aplicação do Código Florestal, feito na década de 60. "A questão do meio ambiente deve ser tratada com equilíbrio. É preciso evitar o radicalismo que existe entre os dois lados", afirmou o ministro Stephanes.

Em relação ao encontro internacional que deve ocorrer em dezembro, sobre mudanças climáticas, Stephanes reafirmou que "o setor agrícola é o que tem mais condições de contribuir na redução do efeito estufa, já que o Brasil é altamente ecológico, preservando um terço das florestas mundiais nativas."

A reportagem é da revista Época Negócios, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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