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Especialista comenta sobre controle parasitário

postado em 31/07/2008

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O leitor do FarmPoint Sérgio Mangano de Almeida Sanros, de Londrina - Paraná, enviou uma dúvida ao artigo "Resistência parasitária: conhecendo o inimigo" publicado no Radar Técnico Sanidade. O leitor gostaria de saber sobre a utilização de pastejo rotacionado associado ao controle de verminoses. O autor do artigo, Marcelo Molento, médico veterinário e professor da UFPR, enviou a seguinte resposta:

"Creio que o que ocorre são informações diferentes tentando ser colocadas na mesma pratica de manejo. Quando se tenta utilizar a rotação de pasto pensando na planta, o técnico (e o produtor) pode imaginar toda a sistemática da indicação. Dai ocorreu a incorporação de um outro componente que é o controle sanitário, mais especificamento, o parasitário.

Nossos técnicos de pastagem conhecem pouco da biologia dos parasitas, mesmo quanto ao carrapato, que pode ser contado facilmente no corpo do animal.

No caso das verminoses, todos os parasitas tem um período de sobrevivência no meio ambiente maior do que o intervalo entre a ocupação do pasto/piquete. Mesmo nas condições do Brasil Central, com áreas enormes e intervalos grandes o problema continua, pois a recuperação da população de parasitas após a colocação dos animais novamente no pasto irá ocorrer em menos de 20 dias.

As informações são conflitantes já faz mais de 40 anos, pois os estudos de epidemiologia dos parasitas é mais antigo do que o esquema de rotação de
pasto. Só que as receitas simplistas ganharam força nos períodos de produção máxima.

Fazendo um apanhado das duas técnicas eu chamo a intenção de diminuir a incidência de parasitas com o uso de rotação rápida, tipo Voisin, de um beneficio temporário, como falei acima (20-30 dias). Se você imaginar que os animais ocuparão uma área por 2 a 5 dias, toda a vez que eles voltarem para esta área, ainda existirão larvas disponíveis, viáveis e infectantes.

O pior não é só isto... O pior é que com o esquema de tratamento parasitário do rebanho todo e não o seletivo, todas estas larvas serão fruto de parasitas altamente resistentes. Complicando ainda mais, pois o sistema de rotação não permite a diluição destes genes de forma aleatória, ocorrendo então uma diminuição da heterozigose de forma rápida.

Existem casos de perda da eficacia da moxidectina em menos de 1 ano quando se usa este manejo.

Considero que para a região de Londrina, o intervalo de 10 a 12 semanas seria ideal para que ocorra diminuição significativa de larvas. Veja não falei em eliminação! Este período deve ser semelhante para o carrapato também.

As saídas hoje seriam: testar a eficacia dos produtos e utilizar manejo de tratamento parcial seletivo. Desta formar se trataria o animal com um produto eficaz ao invés do lote, permitindo a manutenção dos genes SS para aquele produto.

Grande abraco e sucesso."


Mariana Paganoti - Equipe FarmPoint

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