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Especialista inglês fala sobre o mercado da carne ovina

postado em 28/05/2010

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A carne ovina no Brasil tem uma enorme oportunidade de crescimento e de conquista dos vários tipos de consumidores existentes na sociedade. Precisa de uma atuação planejada de todos os produtores em conjunto com a indústria, para ter produto de qualidade e oferta constante, com preços dentro da realidade salarial brasileira. Esta afirmação foi feita pelo especialista em marketing na área de promoção de carne do Ministério da Agricultura da Inglaterra, Andrew Garvey, durante o 1º. Encontro Internacional de Produtividade Ovina, evento que aconteceu dia 25 de maio, em Ponta Grossa, Paraná, como parte da 22ª Fenovinos.

Garvey disse que pôde observar ao longo do período que ficou no Brasil, que há uma falta grave de bom relacionamento entre o setor produtivo da ovinocultura e a área de processamento e comercialização da carne ovina no país, o que leva a atual situação, onde as desavenças prevalecem, resultando em não crescimento do setor como um todo. "É preciso que os atores desta atividade resolvam estas pendências o mais rápido possível e passem a trabalhar unidos, assim como fazem os sistemas produtivos do frango e do suíno, do contrário, nunca conseguirão ter importância econômica nem respeito pelas autoridades", disse ele.

Durante a sua palestra apresentada no Encontro Internacional, ele afirmou que a carne suína é hoje mais consumida no mundo, por conta dos países asiáticos que além de terem a maior densidade populacional do planeta, são bons consumidores desta carne. Ele disse ainda que em segundo lugar vem a de frango, depois bovina e por última a carne ovina. "Essa posição de quarto lugar na preferência de consumo eu considero muito mais como uma oportunidade de novos negócios que propriamente uma informação desestimulante para os ovinocultores."

Apaixonado por pesquisas de mercado o que pauta boa parte do seu trabalho de promoção da carne ovina na Inglaterra, ele diz que conseguiu distinguir pelo menos oito tipos de consumidores na atual sociedade. Como por exemplo: "Temos aquela dona de casa que gosta de consumir carnes que lembram os tempos em que morava no campo, esta sempre vai comprar carne ovina; temos aquela mulher que está solteira com pouco mais de 30 anos, já com boa posição profissional e que gosta de convidar amigos para um jantar oferecendo um prato a base de carne de cordeiro de forma mais sofisticada e, entre outros consumidores, temos aquela que vai procurar comidas prontas, fáceis de fazer ou descongelar porque trabalha muito e quando chega em casa, não quer perder tempo na elaboração dos pratos. Para cada uma destas consumidoras existem várias possibilidades de oferecer a carne ovina, o que torna o trabalho de estimulo ao consumo, uma gostoso desafio", declara Garvey.

Colocado diante da situação brasileira onde a demanda por consumir carne ovina está muito forte, mas a produção é baixa até por conta de um desestímulo do produtor, o consultor disse que para convencer o criador a mudar a sua postura e passar a acreditar no potencial de mercado pode ser utilizado um trabalho de endomarketing. "Creio que se forem feitos encontros com os ovinocultores brasileiros e mostrado para eles qual é realmente esta demanda, ou seja, quanto por cento é para supermercado, quanto para restaurantes e churrascarias, quanto para consumo caseiro, entre outros setores de consumo e mostrar o que isto representa em quilos ou toneladas de carne por mês, isto vai promover uma mudança na forma de ver a atividade e acredito que passarão a investir mais neste setor procurando ter mais cordeiros para atender a esta demanda", afirma, acrescentando que não vai bastar apenas um encontro para convencer a todos. "Talvez tenha até que ser criada um plano de trabalho onde haja uma campanha permanente de convencimento, direcionada ao produtor", finaliza Garvey.

As informações são da ARCO (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos), adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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