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Luiz G.do Prado comenta sobre o agronegócio brasileiro

postado em 02/02/2010

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O médico veterinário e leitor do FarmPoint Luiz Gomes do Prado, de Itararé, São Paulo, enviou um comentário ao artigo "O mundo mudou e o agronegócio também". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Costumo dizer, que a frase: "Em aqui se plantando tudo dá " foi o primeiro erro, gravado, cometido no Brasil, felizmente foi o Português Caminha na sua primeira lavratura impressionista das terras tupiniquins. E o brasileiro aprendeu a partir daí tudo errado, até mesmo a própria lingua portuguesa, quem fala corretamente? Eu sei que não sei.

Se Caminha tivesse dito: em aqui se plantando e preservando sempre dará, talvez, fossemos um pouco melhor quanto à consciência ambiental, e para continuar a história, temos sido até hoje deixados a margem da educação, da informação, do aprendizado crítico, por que como todos sabemos e não somos críticos quanto a isso, não interessa ao poder um povo bem formado, pois, brasileiro bem formado não admite os acontecimentos que se vêm por todo Brasil, sem que tenha que engolir pizzas e cuecas e meias que hoje fazem parte do ato político, prontamente defendidos, sem que nem mesmo o sistema judiciário possa tomar atitudes efetivas.

Caro José Luiz, poucas vezes vemos análises tão claras, didáticas e equilibradas sobre o que se passa no campo, nosso meio mais produtivo e menos defendido neste país.

Ainda é bom que relembremos que o maior problema de um país ainda é o do conhecimento formal, ou seja o estudo, nosso povo não tem estudo formal e tampouco tem senso crítico, daí a nosso problema ser maior do que se pinta.

O agronegócio não se desenvolveu por obra da bondade do poder, se hoje a tecnologia do agronegócio brasileiro está preocupando os países do primeiro mundo, isto se deve as forças do próprio produtor, este verdadeiro herói brasileiro não reconhecido, pois até bem pouco tempo, nosso produtor estava numa encruzilhada do inferno ou da terra, ou se desenvolvia ou sucumbia, e, ele optou por arriscar a luta pelo desenvolvimento, mesmo sabendo que, para o caipira nunca foi dispensado uma pequena atenção, na confecção de uma política agrícola, não que o favorecesse mas que pelo menos lhe desse uma visão de o que aconteceria na colheita, e, isto jamais possibilitou a mínima possibilidade de previsão de mercado ao produtor, legando-lhes homéricas quebradeiras rurais.

E vinha o governo a dizer que fazia grandes favores aos produtores ao aprovar rolagens de dívidas que cada vez mais afundavam nossos caipiras, que hoje habitam as periferias dos centros urbanos, é só conferir, nossas estatísticas já, alguma vez, conferiu as origens dessa população?

Pois bem mas, voltando à vaca fria, temos nossos "idealistas" de plantão, vejam nosso Ministro do Meio Ambiente, aliás, minha opinião, é de que este é apenas Ministro Meio, pois acaba de declarar e aprovar a inundação de vasta área da floresta Amazônica, incrível, isto que é postura.

Apesar destes absurdos, eu vejo que o produtor rural, está cada vez mais, por si mesmo, preocupado com seu meio, e, de muitos vemos a iniciativa da recomposição de matas ciliares e cabeceiras, aliás o maior efeito de preservação ambiental vem da atual tecnologia amplamente utilizada por todo Brasil, o plantio direto, além da proteção do solo e da recomposição das águas, esta tecnologia possibilita menores custos de produção, e os cegos do poder não vem o beneficio que caipira propicia a economia nacional.

Na pecuária temos tecnologia de alto retorno ambiental, que é o pastejo rotacionado, que vem sendo adotado por todo país, e, é justamente a contramão do que dizem que a pecuária é a campa do desmate, já pode ter sido, mas extensas áreas devem ser destinadas a produção agrícola, até porque, a rotação com agricultura, está cada vez mais possibilitando maior produtividade por área, exigindo menos terra para mais produção.

O produtor rural está se adaptando e busca cumprir a lei, mas o próprio governo descumpre a lei, faz decretos que assusta a todos, como o que está querendo permitir que o MST possa invadir e ele mesmo diga o que está certo, absurdo, o produtor rural cumpre suas obrigações; gostaria muito de ver o governo fazer valer a lei que nos aplicou ao MST, todos não somos hoje uma empresa com CNPJ, cada sitinho tem que ter o seu, então que obrigue ao MST a sua regularização, e penalize cada invasor ou invasora de terras privadas, por crimes que a lei já contempla, a estes que nada mais são que criminosos comuns.

José Luiz, como você mesmo diz o produtor rural faz dinheiro trabalhando, ele não é capaz de comprar terras sem ter dinheiro como um grandessíssimo empresário que comprou algumas fazendas por algumas centenas de milhões de reais, sem esforço algum. E o produtor rural não é elogiado como empresário, aliás se disser isso o MST pega mais pesado.

Importante é homenagearmos o produtor rural, este que é o verdadeiro herói brasileiro, e cobrar do poder instituído, por culpa nossa, por uma Política Agrícola real, e mais incentivo a aplicação e uso da tecnologia pela transferência das pesquisas orientadas diretamente ao produtor."

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