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Minc anuncia redução do desmatamento em julho

postado em 14/08/2008

3 comentários
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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, antecipou ontem (13) a conclusão dos dados que serão apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento na Amazônia brasileira no mês de julho. O levantamento mostrará redução "muito significativa" na devastação da área. O ministro não quis adiantar os números, apenas disse que o resultado, que deverá ser anunciado na próxima semana, se deve a ações de fiscalização e a acordos setoriais.

"Eu credito [a redução] não só ao aumento da fiscalização mas a esses acordos setoriais com as cadeias produtivas que nós temos feito com a madeira, com o minério, com a soja. Em alguns casos, são até mais eficientes os acordos com as cadeias produtivas que apenas a fiscalização direta", disse.

Em junho, o desmatamento na Amazônia foi de 876,80 quilômetros quadrados, área 20% menor do que a registrada em maio (1.096 quilômetros quadrados), segundo dados do Inpe. O recordista foi o estado do Pará, que teve 499 quilômetros quadrados desmatados em junho, contra os 262 quilômetros quadrados observados em maio, um aumento de 91%.

O estado que apresentou maior queda no índice de desmatamento foi Mato Grosso, com 70% a menos do que o registrado em maio. Do total do desmatamento, 66,7% são classificados de corte raso, 25,3% de degradação florestal e 8% de desmatamento não confirmados.

Segundo a Agência Brasil, as declarações do ministro foram feitas após assinatura de protocolo entre o Ministério do Meio-Ambiente e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O documento prevê diretrizes para futuros instrumentos de colaboração com o objetivo de viabilizar a produção, o uso e o consumo sustentável dos produtos madeireiros da Amazônia.

De acordo com reportagem de Mauro Zanatta, do Valor Econômico, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, já admite ceder em alguns pontos considerados cruciais pelos ruralistas para acelerar a regularização ambiental e a criação de alternativas de exploração econômica na Amazônia.

O ministro anunciou a intenção de permitir a recomposição de reservas legais em áreas diferentes das regiões desmatadas. Assim, os produtores poderiam adquirir novas áreas de floresta para compensar o desmatamento ocorrido em suas fazendas ou "adotariam" áreas públicas de floresta nativa.

"Estamos estudando a viabilidade legal disso. A recuperação teria que ser no bioma e no Estado de origem", disse Minc. "No caso da área pública, o produtor poderia adotar uma área referente ao que tem, por lei, que recompor. É bom para ele e bom para o governo".

Minc disse que o principal é "incentivar" a recuperação de áreas degradadas. "E incentivar quem quer fazer a reserva legal, mesmo em área fora da sua propriedade, porque não diminui a produção".

No lado da criação de alternativas à exploração predatória das florestas, Minc também admitiu permitir a recomposição de metade das áreas de reserva legal com o plantio de espécies exóticas, como o dendê. Nesse caso, seria "um triplo ganho", segundo o ministro: "Seqüestra carbono, produz um combustível que emite menos gases e ainda recupera áreas degradadas", disse. "Agricultura e meio ambiente estão cada vez mais próximos na sua percepção. Nós queremos produção sustentável, e agricultura quer a conservação dos solos e a proteção da água".

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Comentários

Artur Queiroz de Sousa

Cambuquira - Minas Gerais - Produção de café
postado em 15/08/2008

Pela primeira vez, começo a perceber sensatez nas palavras do Governo. Fica totalmente coerente, que as áreas de reserva legal, sejam substituidas por áreas fora da fazenda. Como fazer um produtor que explora a vinte, trinta anos uma área produtiva, abandonar 20%, e torná-la improdutiva, sem receber nada por isso?

Se a agricultura e pecuária, ao longo dos últimos seis anos, vêm endividadas, torna-se impossível e incoerente, querer faze-la da forma como vinha-se tentando. Parece que da discussão está nascendo a luz. Preservar e produzir, devem caminhar juntos, e nunca de forma antagônica.

Rodrigo Cade Santos Coelho

Xinguara - Pará - Produção de gado de corte
postado em 15/08/2008

Finalmente, o governo sinaliza querer usar um pouco de bom senso.

L. Aguiar

Araxá - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 18/08/2008

Existem duas maneiras de ver o problema ambiental. Quando o homem do campo fica sabendo que uma área está sendo desmatada, ele tem dois pensamentos: o de que alguém vai plantar ou formar pastagens para criar gado, ou seja, vai produzir alimento. Quando um eco terrorista ou eco chato vê uma área desmatada, pensa logo que está havendo degradação e crime.

O homem do campo vê quem desmata como um trabalhador que esta investindo no campo; o eco chato o vê como um criminoso degradador do meio ambiente. Na maioria das vezes, esses chatos não conhecem a realidade, vivem em escritórios confortáveis nos grandes centros, ou acham bonito ser chamado de ecologista, mas vão à praia e poluem com lixo não degradável, tem o esgoto de seus apartamentos jogados nos rios ou praias e andam de automóveis que poluem e trabalham em indústrias altamente poluidoras.

Na verdade, não conhecem a realidade. Produtor rural nenhum é a favor de destruir a natureza, só pelo gosto de destruir. Até porque esse depende dela para viver. A maioria das vezes quando desmata acha que está produzindo. O que deveria ser feito é uma conscientização maior do produtor. Para que este preserve as nascentes e margens dos córregos e rios, não permita que matem animais em suas propriedades, faça curvas de nível nas áreas com declive, e seja um produtor politicamente correto.

Infelizmente a maioria dos nossos governantes, acha que governar é cobrar impostos para ter dinheiro para empregar seus aliados políticos, e fazem isso pagando gente para criar leis, fiscalizar e arrecadar mais. Até o inicio da década de setenta, queimadas era a única maneira de criar gado ou preparar terra para o plantio, a partir do mês de agosto podia viajar até mil quilômetros com queimadas de todos os lados. As cidades eram menores, existiam poucos automóveis e poucas indústrias.

Hoje não existe mais queimadas, aumentou muito o numero de indústrias que poluem e milhares de automóveis que são a maior fonte de poluição. Ainda existe gente que coloca culpa até nos gases que as vacas soltam. Eu acho que é mais fácil colocar a culpa na parte mais fraca que é o agricultor, do que contrariar os interesses dos grandes empresários, e de governos do primeiro mundo que não querem ver o Brasil como uma grande potência agricola.

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