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MS registra caso de scrapie em uma ovelha

postado em 01/08/2006

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Campo Grande, MS, registrou, em junho, o primeiro caso de scrapie do estado, em uma ovelha de 3 anos de idade. Após apresentar alterações comportamentais, o animal foi encaminhado para o laboratório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde foi sacrificado e examinado.

Segundo reportagem do Correio do Estado, para comprovação dos exames, o cérebro da ovelha foi enviado para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Após examiná-lo, os técnicos do RS confirmaram o diagnóstico. Apenas após essa confirmação, o caso foi divulgado à imprensa.

A propriedade foi interditada para que os outros animais sejam rastreados e submetidos aos exames. "Estamos verificando os ascendentes e descendentes no animal doente para identificarmos a origem do problema. Faremos testes de suscetibilidade e os animais sensíveis ao scrapie serão sacrificados", disse o fiscal agropecuário da Superintendência Federal da Agricultura em MS, Orasio Romeu Bandini.

A superintendência está fazendo contato com o governo paulista, já que a mãe do animal doente foi comprada em São Paulo. A propriedade de SP, por sua vez, havia adquirido ovinos de outra fazenda do Paraná, que já teve a incidência da doença. O proprietário paranaense informou que havia importado ovinos do Canadá, o que levantou a suspeita de que o animal doente em MS possa ter linhagem importada.

Notícia do Valor Econômico informou que esta doença foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1985, em ovinos importados do Reino Unido. Em 2001 e 2003 houve foco de scrapie no Estado do Paraná, e em 2004 no Estado de Minas Gerais.

Na ocasião da confirmação da doença, a missão européia estava visitando rebanhos de bovinos no Estado, para averiguar os trabalhos desenvolvidos para combater a febre aftosa. Apesar disso, o superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício, não acredita em restrição de mercado em função da doença. "A scrapie já está presente na Europa e nos Estados Unidos e por não ser de alta disseminação não está entre as mais restritivas. Para se ter uma idéia temos prazo de seis meses para comunicar o mercado internacional", afirma em reportagem do Campo Grande news.

Na última sexta-feira, dia 28, o Comitê de Sanidade da Câmara Setorial da Ovinocaprinocultura, se reuniu na Superintendência Federal da Agricultura - SFA - para avaliar as medidas que estão sendo e que deverão ser tomadas em um caso como esse. Publicou uma nota técnica tranquilizando a população e os criadores. De acordo com reportagem do Correio do Estado, a nota afirma que a propriedade já está isolada e que as medidas necessárias já foram tomadas, não havendo nenhuma restrição ao trânsito de ovinos e caprinos dentro e fora do estado, bem como ao consumo da carne destas espécies, visto que não se trata de uma doença transmissível para seres humanos.

A nota do comitê também explicou que o scrapie é uma doença que afeta o sistema nervoso de ovinos e caprinos. Os sintomas incluem irritabilidade, perda de peso decorrente da falta de apetite, intenso prurido (coceira) e distúrbios na coordenação motora (sintomatologia nervosa). A doença é transmitida por hereditariedade, ou através da ingestão de placenta e/ou fluidos do parto contaminados.

O Ministério da Agricultura ainda não se manifestou oficialmente em relação ao caso, mas deve divulgar nota ainda hoje.

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