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Nei Kukla questiona sobre confinamento ovino no Brasil

postado em 28/03/2011

2 comentários
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O técnico em agropecuária, administrador de empresas e especialista em agronegócios, Nei Antonio Kukla, de Porto União, Santa Catarina, enviou um comentário ao artigo "Carne ovina de qualidade: desafios e oportunidades". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Muito boa a matéria feita com profissionais do ramo e que entendem do negócio ovino. Como sempre falamos e vemos aqui no fórum, o que se deve levar muito em consideração é a profissionalização do criador. Gostaria de fazer uma pergunta aos entrevistados: por que eles trabalham com o confinamento se vivemos num país tropical com abundância de pastagens?

Recentemente vi um estudo científico de que o cordeiro arraçoado com ração apresenta custos elevados e diminui muito a margem. Isto procede? A carne ovina geralmente é consumida por um público com maior poder aquisitivo mas, devemos no meu ponto de vista voltar olhares para o público da classe C que foi o que mais cresceu em consumo de alimentos (maior diversidade de consumo, com incremento no consumo de carnes e iogurte, por exemplo) e de eletrodomésticos.

Este público representa grande parcela da população e, no curto prazo é o que mais vai dar poder de fogo na questão consumo. Vejo-os como a bola da vez para serem clientes atendidos."

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

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Comentários

Jéssica Cristina Machado

Ponta Grossa - Paraná - Bacharel em Zootecnia
postado em 19/08/2011

Interessante a carta do senhor Nei Kukla.
Porém, se formos analisar os resultados de trabalhos atuais realizados com cordeiros confianados, vemos que, por mais que o preço de insumos e intalações aumente, a idade de abate é menor e com qualidade de carcaça (frequentemente) e peso superior a animais criados em regime de pastejo.
Em relação a pergunta "por que eles trabalham com o confinamento se vivemos num país tropical com abundância de pastagens?", creio que a resposta poderia ser que o confinamento é muito superior em relação a eficiência que o pastejo. Ele possui um índice de incidência de verminose muito mais baixo que animais tratados a pasto, diminuindo custos com vermifugos e diminuindo, também, a perda de animais, visto que, atualmente, o maior desafio em relação a criação de cordeiros é a verminose.
O argumento de que há a tendência do aumento da competição por grãos como o milho e a soja (que também são utilizados na alimentação humana) encarece o preço dos insumos necessários para o confinamento, pode ser contornado vendo que há uma grande gama de "subprodutos" que podem ser utilizados para substituí-los.

Nei Antonio Kukla

União da Vitória - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 22/08/2011

Prezada Jéssica Cristina Machado:
Realmente a oportunidade de debatermos a cadeia produtiva é muito interessante, pois é desta forma que engrandecemos nossas ações, sempre pautadas na viabilidade técnica e que para chegarmos a tal, temos que colocar nossas idéias sob avaliações de outros profissionais.
A questão de se confinar ou não em função dos argumentos que vc coloca, ao meu ver, irá depender muito da região em que o criatório está instalado, pois em algumas regiões não há fornecedores de  sub-produtos e como falei, o insumo grãos às vezes encarece a produção, sendo que se elevarmos o preço em demasia para compensar o custo, podemos ter uma inibição do consumo. Vale lembrar que devemos nos preocupar em atender a classe C que é crescente, porém ainda avalia muito a questão do poder aquisitivo ao adquiri um produto.
Concordo plenamente com vc em relação aos problemas sanitários que podem diminuir no caso do confinamento.
Obrigado por propiciar este debate.

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