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O lado ruim da alta dos preços das commodities

postado em 17/12/2010

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O impacto negativo da disparada dos preços da commodities agrícolas e não agrícolas na economia brasileira é a pressão exercida por essas matérias-primas na inflação. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, a expectativa é de que a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinja 5,2% em 2011. Parte desse resultado deve refletir direta e indiretamente a escalada das commodities, ao lado das pressões nos preços dos serviços.

Bernardo Wjunisky, economista da Tendências, espera um IPCA de 5,5% em 2011, com os preços dos alimentos subindo 5%. Neste ano, o cenário foi bem pior: para um IPCA estimado em 5,8%, a inflação dos alimentos deve fechar com alta de 10%, prevê. "Os preços das commodities vão continuar subindo em 2011, mas num ritmo mais moderado do que foi neste ano, em que houve choque de oferta."

Ele aponta fatores estruturais para a sustentação da alta das matérias primas no ano que vem, mesmo com a perspectiva de regularização da oferta de vários produtos agrícolas. O primeiro fator seria a forte demanda chinesa. O segundo, a desvalorização do dólar perante a outras moedas. Como as commodities são cotadas em dólar, a tendência é de alta de preço.
"Não há fundamento de mercado para sustentar uma alta tão acentuada dos preços das commodities", ressalta Fabio Silveira, sócio da RC Consultores. Para o economista, a especulação de investidores à procura de aplicações mais rentáveis é a variável principal que explica a continuidade do movimento de elevação dos preços das matérias primas ao longo de 2011.

Para o ano que vem, ele projeta um IPCA de 5,5%. Além do impacto direto das commodities na inflação via preços de alimentos e de manufaturados, Silveira lembra que a inflação das matérias primas tem reflexos nos preços de serviços, como aluguel e mensalidade escolar, por exemplo. Os reajustes desses itens são baseados no Índice Geral de Preços (IGP) do ano anterior Até novembro, o IGP já subiu quase 11%. Os preços no atacado respondem por 60% do IGP e as commodities predominam nesse segmento.

A reportagem é do jornal O Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

JOAO LUIZ MELLA

Nova Andradina - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
postado em 17/12/2010

O grande problema do nosso setor é a fama.
O Brasil, um país essencialmente agrícola, têm em sua população urbana,uma imagem erronea de que somos os viloes da história.
Ser produtor, o levará a duas avaliações;

1-Você é um coitado ,sem capacidade de subsistir, e ai é amparado pela classe política demagoga ,recebendo comida na boca,mesmo tendo a terra para sua subsitência.

2-Você é um empreendedor,que gera empregos,desbrava regiões,gera divisas para o país, produz alimento,sofre com as mudanças climáticas,sofre com a falta de estradas , com a falta de políticas agrícolas e ainda por tudo é o grande culpado da possibilidade de uma escalada inflacionária.

O preço do boi teve uma alta um tanto significante, que na verdade corrigiu o período em que esteve estagnado. O quê aconteceu na midia? O preço do boi provoca onda inflacionária !

Alguem ouvio , na mídia popular,alguma nota dos aumentos de preços dos insumos agrícolas e pecuários?

Acho que já está na hora de realmente ,sermos um pouquinho profissional em relação com a sociedade urbana. Nossas lideranças precisam divulgar nossa real situação. E se falarmos em questoes ambientais, ai sim , é que nos discriminam.

ABCZ,CNA,APROSOJA,ANCP,ACNB,SRB,ASSOCIAÇOES EM GERAL ,ABQM, Enfim ,são tantas as entidades e associaçoes, que se todos tivessem o mesmo foco,e somassem os recursos, poderiamos realmente tentar mudar esta falsa impressão que os urbanistas têm em relação à nós produtores rurais.

Saudações RURALISTA.

JLM

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