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PR: investimento em genética melhora desempenho

postado em 24/09/2009

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Mesmo com a queda do rebanho ovino nas últimas duas décadas no Brasil, o setor buscou profissionalização, por conta própria e com apoio do governo. Produtores e técnicos falam de crescimento do rebanho nos últimos anos, e argumentam que a falta de metodologias abrangentes tornam o acompanhamento precário.

O estímulo na área de crédito e o apoio para o estabelecimento de cooperativas prometem melhorar o cenário do setor de carnes de cordeiro e cabrito no Paraná. Atualmente os produtores esbarram na falta de organização e principalmente nos entraves para a comercialização para apostar no aumento da produção.

José Antônio Baena, zootecnista da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), reconhece que ainda não há um sistema que mostre com exatidão como anda o mercado. "Houve uma tentativa de se medir o crescimento a partir da venda da vacina contra febre-aftosa. Contudo, a vacinação em rebanhos de ovinos e caprinos não é obrigatória, então a proposta não trouxe resultado", diz ele.

Incentivos

Neste ano a ovinocaprinocultura foi incluída no programa "Mais Alimentos" do governo federal, com uma linha de crédito criada no Plano Safra 2008/09 para reforçar a infraestrutura das unidades produtivas da agricultura familiar.

As seis primeiras cooperativas já formadas com apoio da Secretaria de Agricultura, sendo uma delas de caprinos, estão espalhadas pelas regiões Norte, Sudoeste e Centro-Sul e somam um rebanho de 30 mil cabeças. Juntas, elas podem produzir aproximadamente 100 toneladas de carcaça por ano - volume destinado ao mercado interno.

As grandes cooperativas de produção agrícola também estão projetando investimentos no setor. A Castrolanda, prevê a instalação de um frigorífico específico para o abate de cordeiros, serviço que hoje é terceirizado. Hoje, o grupo de 25 cooperados que estão atuando com a ovinocultura conseguem vender 4 mil cordeiros por ano, com idade entre 100 e 150 dias. A precocidade ajuda na produção de carne de melhor qualidade, com maciez e nível moderado de gordura.

Melhoramento de raças

Para 2010 está prevista a implantação no Paraná de um centro de inseminação artificial para facilitar a disseminação de raças superiores de ovinos. A ideia é montar uma base para pesquisa e banco de sêmen, procedimentos de inseminação, transferência de embriões e outras técnicas de melhoramento genético. Além disso, o centro deve permitir a compra de animais melhoradores de outros estados para formar raças superiores no plantel paranaense.

No estado, a proposta já existe para o setor de caprinos. Em Pato Branco, o Centro de Multiplicação e Melhoramento Genético de Caprinos do Iapar conta com 300 matrizes, que produzem animais reprodutores de alta linhagem, em especial da raça Boer. As matrizes foram compradas em centros de referência de raças de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A intenção é investir no cruzamento de bons animais para garantir a produção de raças adaptadas. O chamado "choque de sangue" de até três raças distintas é considerado ideal. Tarcísio Bartmeyer, da Castrolanda, lembra que a genética pode contribuir para um maior rendimento da carcaça.

"A cooperativa paga o produtor conforme a qualidade da carcaça". Hoje a média é de R$ 4,10 o quilo vivo, diante de um custo em torno de R$ 3/Kg.

Os cooperados estão criando raças variadas, mas incluem principalmente Texel, Ille de France, Suffolk e Dorper. Entre as raças recomendadas e melhor adaptadas para as condições do estado estão a Santa Inês, ideal para regiões mais quentes porque não possui lã; e as mais conhecidas, como Texel, Rampshire e Suffolk.

A reportagem é de Gabriela Mainardes e José Rocher, para o jornal Gazeta do Povo/PR, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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