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SRB: Cesário Ramalho critica imposição do PNDH-3

postado em 18/01/2010

10 comentários
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O Decreto que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos não muda a Lei. Não tem unanimidade dentro do Congresso Nacional e a Constituição sobre invasões de terras deve ser cumprida à risca, enfatizou Cesário Ramalho, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (15) na Sociedade Rural Brasileira.

"Existe uma pressão dos movimentos sociais dizendo que o agronegócio é conservador e ultrapassado. Esses movimentos, liderados pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário Guilherme Cassel, são contra o maior negócio do Brasil, o agronegócio brasileiro", afirmou Ramalho.

Segundo o presidente da Rural, o Decreto 7.037 causou profunda preocupação dos setores brasileiros e no agronegócio que sustenta grande parte das exportações do Brasil e contribui para o aumento das reservas cambiais.

"Na questão da propriedade privada, se não for tratada com cuidados técnicos e não ideológicos, vai afastar o capital investidor da agricultura", relatou Ramalho.

Para Cesário Ramalho, o Brasil deve descentralizar os assuntos relativos ao meio ambiente para delegar poderes aos Estados. Cada Estado tem suas peculiaridades que devem ser tratadas caso a caso e não como imposições Federais.

"O Governo cedeu apenas na questão militar, mas no agronegócio ainda precisa ser revisto. Acredito que o Decreto não terá apoio no Congresso Nacional, inclusive na base de apoio do Governo. Se não conseguirmos de forma negociada e política no item dos direitos de propriedade, a Rural pensará entrar na Justiça", afirmou Ramalho.

As informações são da SRB, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura )

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 18/01/2010

Caro Cesario, a postura está correta mas acredito que nós, produtores rurais, precisamos fazer um trabalho de marketing junto à opinião pública, à sociedade urbana sobre o que fazemos no campo, como vivemos e como colocamos alimento na mesa dessa e de outras nações. Abraços

oswaldo martins lopes

Ariquemes - Rondônia - Produção de gado de corte
postado em 19/01/2010

Seu posicionamento esta na direção certa mas tambem entendo que deve haver com urgência um trabalho de marketing junto à opinião publica urbana que na sua maioria desconhece as lides do campo, ignorando, até por falta de informações corretas e não tendenciosas, nossa vivência e de como é produzido os alimentos que chegam às suas mesas. Abraços.

José Humberto Alves dos Santos

Areiópolis - São Paulo - Produção de leite
postado em 20/01/2010

Acho bom a Sociedade Rural ler a entrevista do ex-ministro do STF, Sepúlveda Pertence; antes de entrar na justiça é bom conversar com um bom advogado para discutir entre outras coisas o que é Lei e o que são princípios norteadores ao Legislativo para que possam implementar qualquer assunto com força de Lei.

Quando digo que nossas associações são conservadoras, este é um exemplo claro de que "não lí, não gostei e vou me pronunciar para atender os meus associados".

Acho que temos que melhorar a nossa abordagem, tendo em vista a realidade do país, e não ficar tentando tapar o sol c/a peneira. Somos importantes o suficiente para discutirmos a realidade sem pré-conceitos e sem temer qualquer evolução da sociedade brasileira.

Geovane Demarchi

Barra Velha - Santa Catarina - Frigoríficos
postado em 20/01/2010

A PETROBRÁS DA CARNE. Precisamos acordar e protestar pelo absurdo que esta acontecendo no ramo da carne bovina no Brasil. Antes parabenizo o Friboi pelo seu crescimento internacional comprando várias plantas e se tornando a maior do globo com o nosso dinheiro que esta sendo bem investido.Mas a maior sem vergonhice e ela pegar o nosso dinheiro(BNDS) e querer acabar com todos os açougues, distribuidoras e frigorifico menores e ser a petrobrás da carne.Com o projeto das vans e venda direta ao consumidor todos os açougues vão fechar porque HOJE a carne do friboi e mais barata;com a venda direta aos supermercados, as distribuidoras, os frigorificos menores vão fechar porque HOJE a carne do friboi e mais barata.ACORDA BRASIL. E daqui a cinco ou dez anos no máximo que esta empresa financiada com nosso dinheiro estará praticamente sozinha(se sobrar o Marfrig) na venda da carne bovina ela vai colocar o preço da carne lá em cima, ou você acha que no mundo capitalista eles vão ter pena de você e dai aquele açougue que achava que era caro já fechou as portas faz tempo e todos vão pagar o preço que ela quiser.Aquele supermercado que só comprou do friboi e fez fechar distribuidoras e frigorificos de médio porte e assim ela não vai ter concorrência.O pecuarista que valoriza esta empresa porque te arruma dinheiro com juros baratos( o nosso dinheiro)vai vender pra quem se os pequenos sucumbiram com esta politica de valorizar os grandes.ACORDA LULA.Garanto pra vôcês que na cadeia da carne poucos estão ganhando dinheiro por motivo da grande concorrência, mas isto é sadio e todos acabam sendo beneficiados e não tenho dúvidas que se todos nós(governo,abrafrigo,clientes,pecuaristas,etc) não acordarmos e fizermos alguma coisa estamos sendo depejados num caminho sem piedade e sem volta porque vai ser tarde e pagaremos caro por isso.
Estou a disposiçâo pra ajudar no que for preciso porque trabalho com engorda e abate de bois vinte anos, comecei com dezoito quando meu pai faleceu e não parei mais porque amo o que faço e espero não ter que abandonar uma profissão pelos motivos que mencionei acima, seria muito triste e desolador.


Jose Eduardo da Silva

Janaúba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 20/01/2010

nos temos de politizar nos companheirosa e eleger mais deputados e mais senadores , do meio rural para nos defender so assim é que vejo uma saida para este pais, onde o produtor é proibido de realizar lucro , não sei aonde vamos parar,talves no paraguai, pois la se realiza lucro com a pecuaria, neste brasil de cooruptos, bandidos, e cositas mais , estou desacreditado como produtor, quem move o mundo é a economia, então quem manda neste brasil , não é ele é os oito mais ricos, num pais que se pratica so roubo fala que é democracia, conclusão osignificado desta palavra mudou aqui no brasil. nos precisamos de um plano nacional de produçao agricola e politica nova para pecuaria de corte.desde 1988 depois da constituinte nos não somos mais donos das nossas propriedade, é lamentavel que os politicos ruralistas não olharam para isto. hoje esta ai o resultado,direitos humanos , so para inglese ver, vai nos assentamentos,vai nas favelas,nas nossas proriedades rurais os nossos empregados tenhe, não passa fome, tenhe casa, tenhe carro,tenhe medico,forma-se cidadoes; e produzem alimentos para o mundo.

Roberto Jank Jr.

Descalvado - São Paulo - Produção de leite
postado em 22/01/2010

Sobre o que disse o Zé Humberto acima, também recomendo a leitura do André Nassar, "Um funeral para o agronegócio", de 20/01 no Estadão.
Acirrar conflitos no ambiente de produção de um setor que proporciona divisas e segurança alimentar ao país com propostas de fundo totalitário travestidas de cunho social duvidoso é um ato perigoso e, em última análise, de minúscula visão.
Como disse o André, todas as chamadas vantagens comparativas da produção de alimentos no Brasil, sejam elas econômicas, sociais ou de fundo estratégico, precisam cada vez mais é da correspondência positiva da sociedade e aí estou de acordo com o José Humberto. Mas confesso que não entendi qual o ganho para a sociedade ou para o país da contrapartida a estes aspetos que foi inutilmente criada por esse documento. A proposta leva o nome mas não se aplica aos direitos humanos, apenas, em nome destes, cria maior poder de atuação do Estado, da mesma maneira que o nacional socialismo propôs e fez na Alemanha de 1934.

Clemente da Silva

Campinas - São Paulo - OUTRA
postado em 25/01/2010

Gente! Oque é que está acontecendo? Parece até que vocês não estão no Brasil!
Não dá para vocês entenderem que quem está no poder hoje é a oposição e que eles não têm mais a quem fazer oposição política? Então, vejam só a quantas anda a carruagem. O governo é do PT,o judiciário é do governo, o legislativo é do PT , do Governo e até do PCC, CV, PNDH e por aí afora, menos de quem produz e mantem esse país no rumo do desenvolvimento que eles dizem ser em função de sua boa política e competência em governar bem o país. Os poucos políticos que têm alguma coisa a perder com essas trapalhadas todas lá de Brasília, não têm mais vóz e são tão poucos que nem se notam mais. As leis agora são mais do que nunca, a favor de quem representa volume de votos nas próximas eleições. O produtor rural, que comprou a terra, ou herdou e que produz ano após ano, é visto como um aproveitador dos direitos de quem nunca trabalhou ou produziu alguma coisa, de maneira que, os direitos humanos a que eles fazem referência, são do pessoal do MST, MSTU, E outros MSs que a todo dia levantam uma nova bandeira e recebem o alvará par invadir e desalojar, destruir e se apossar de propriedades que eventualmente lhes interessem. Meu amigo Ro Jank, se amanhã a Santa Rita for invadida, você, tem o direito de deixar a propriedade e ir morar com a sua famíla em outro lugar e tem o dever, aí sim, entram pela primeira vez, deveres, deixar suas vaquinhas de presente para os sem terra.
Os equipamentos que existem na fazenda... bem esses, eles terão o direito de usa-los para destruir construções, plantações etc, e o que não tiver outra utilidade, eles terão o direito de destruir com fogo e outros artifícios.
Gente, esse Brasil, que hoje vemos, vem sendo desenhado por nós mesmos desde o fim da segunda grande guerra. Nunca houve nesse país, preocupação com educação, com políticas de longo prazo para melhoria das condições gerais de vida ou, com respeito pelas leis que diga-se de passagem, no Brasil, sempre foram para impressionar estrangeiros, mas na realidade nunca funcionaram, já que sempre há uma saída para tudo e para todo tipo de crime. Hoje, estamos mergulhados num poço de detritos que deixamos serem criados nesse país, e, pela passividade e falta de sangue nas veias, sempre por um ou outro motivo que em determinado momento não nos afetava, deixamos que se criassem formigas que hoje ameaçam o leão. Hoje a formiguinha ameaça comer o leão... E agora?
Esse povo que hoje está no poder, é produto da incompetência e descaso de nossos antepassados próximos... E agora? Agora? Elas têm direitos e o Governo a seu favor; e nós? O falecido reporter Amaral Neto, há vinte e cinco anos passados já previnia para isso que estamos vivenciando hoje e nada foi feito, muito pelo contrário, escarneciam do Amaral Neto. Agora... LUTEM, BRIGUEM, Defendam o que é seu por direito e razão, contra essa escória que está querendo fazer deste país uma Bolívia ou uma Venezuela.
Abraços,
Clemente.

Wilson Mendes Ruas

Belo Horizonte - Minas Gerais - Produção de ovinos
postado em 25/01/2010

Estou de acordo com as colocações de Roberto Jank Jr.

José Humberto Alves dos Santos

Areiópolis - São Paulo - Produção de leite
postado em 25/01/2010

Não posso me calar diante da manifestação do meu caro e admirado colega Roberto Jank Jr..
Os Direitos Humanos, através da Declaração Universal ( sua normatização ), datam de 1.948, portanto a discussão sobre esse assunto não era comum, haja visto a proliferação de governos totalitários na década de trinta. Ao que me consta, o nacional socialismo da Alemanha de 1.934, levou ao fechamento do Congresso e o monarca nomeou Hitler chanceler, posteriormente acumulando a função de presidente. As bases de sustentação desses movimentos eram apoiados pela elite economica alemã (os barões da indústrias do aço).
É lógico que vivemos hoje num outro contexto histórico, meu caro Roberto.
Ser contra o PNDH-3, principalmente no nosso setor, dá a impressão que o nosso desenvolvimento depende da desregulação social, e isso não é verdade.
O crescimento do agronegócio brasileiro se forjou na iniciativa privada e é reconhecido mundialmente como um setor altamente competitivo.
Isso não quer dizer, que não devemos nos submeter a realidade brasileira e apoiar inciativas que desenvolvam a agricultura familiar, a segurança alimentar, o direito a posse de terras públicas e mesmo a ênfase de pesquisas nessas áreas.
O estado democrático moderno preve que as relações conflituosas devam ser moderadas por um Estado; a mediação é necessária pois é função do Estado, MEDIAR; isto não quer dizer intervenção, mas sim um processo de evolução dentro da sociedade capitalista.
A luta pelos Direitos Humanos é um processo que será aperfeiçoado ao longo da história com debates como este.
ET: diante de tanta celeuma, lí os tres PNDH e constatei que todos tratam dos problemas coma mesma consistência. A diferença é que iniciamos esse ano uma disputa eleitoral....

Roberto Jank Jr.

Descalvado - São Paulo - Produção de leite
postado em 26/01/2010

Caro José Humberto, nem de longe pretendo ser o dono da verdade mas quando a Republica de Weimar indicou Hitler como primeiro ministro com o apoio do "establishment" como vc disse, também é importante mencionar que a situação só deu no que deu porque havia o apoio do povo alemão.
A correlação que fiz com o nosso momento atual é que naquela ocasião o povo apoiava as ações do Estado, desde que este não mexesse com ele; assim foram presas diversas minorias até que o poder do Estado se transformou no que sabemos e aí já não havia mais jeito de voltar atrás.
Aqui vamos assistindo setorialmente diversas "distorções" da interpretação da lei como a querela trabalhista com a Cosan, a invasão da fazenda da Cutrale e do campo de experimentos da Monsanto; mas porque nos preocupar já que "até agora não é com a gente"?
Dessa forma, pergunto se de fato a preocupação de determinados grupos é com os direitos humanos ou se isso é pano de fundo para outros objetivos.
Reforma agrária não é mais ponto de discussão; ela já existe, é realidade e temos que encontrar a melhor convivência com ela.
Minha sugestão é que façamos a nossa parte perante a sociedade civil. Me preocupa, e sei que a vc também, a péssima imagem que a sociedade tem do produtor e do agronegócio, seja do ponto de vista ambiental, trabalhista, social ou financeiro.
Certamente o tratamento que recebemos destes grupos não contribui para melhorar esta imagem. Sou pelo investimento na imagem positiva do setor e, como o Clemente, receio pelos objetivos dos que apostam contra.

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