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Universidade estuda organização da ovinocultura

postado em 02/05/2007

6 comentários
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A administradora de empresas Nívia Guimarães da Costa, apresentou na Universidade de Brasília (UNB) a dissertação de mestrado em agronegócios intitulada "A cadeia produtiva de carne ovina no Brasil rumo às novas formas de organização da produção". Foram estudadas duas iniciativas pioneiras no país: o programa Pif Paf Ovinos e as ações da Lanila Agropecuária, no Rio Grande do Norte.

O trabalho discutiu a organização da atividade produtiva ao longo da cadeia, mais especificamente o novo cenário da ovinocultura de corte direcionando-se para a adoção de formas alternativas de organização da produção. O objetivo foi identificar as formas organizacionais que vêm sendo estabelecidas na ovinocultura para atender ao novo padrão de concorrência vigente no mercado e quais dessas formas se apresentariam mais adequadas para resolver os problemas de regularidade de suprimento e qualidade dos produtos.

As análises realizadas junto aos dirigentes das duas empresas sinalizaram para uma futura coordenação da produção via integração vertical como a forma mais efetiva de organização da produção no setor. O Pif Paf apontou a dificuldade de encontrar os cordeiros no padrão estabelecido, por isso resolveu desenvolver um programa para fomentar a produção de cordeiros em Minas Gerais. O programa envolve desde a disseminação de tecnologias de produção dentro da porteira, como promove comunicação ao longo da cadeia (clique aqui para ler o artigo sobre o programa). O frigorífico tem capacidade de abater até 4.800 cordeiros por mês, mas está abatendo 600 por mês pela falta de oferta de animais. As informações são da assessoria de imprensa do Pif Paf.

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Comentários

Vicente Turino

Botucatu - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 03/05/2007

Já estava na hora de trabalhos científicos como este
Nós aprendemos e nos especializamos da "porteira para dentro" e deixamos de lado a visão da atividade como cadeia.

Nei Antonio Kukla

União da Vitória - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 04/05/2007

Creio que o passo para a organização da cadeia produtiva de ovinos se dará através da metodologia usada pelo Pif Paf, onde se tem uma atividade de fomento constante o que se traduz na oferta de cordeiros de qualidade.

É um mercado altamente promissor, sem dúvida, porém como todos sabemos, não há constância de oferta e nem qualidade do produto (sem generalizar).

Do lado do produtor, este não aumenta a produção com medo de não vender depois. Na outra ponta, o comércio fica inibido de adquirir o que tem, por falta da regularidade e qualidade. Então, falta um meio, que seria o fomento para ligar as duas pontas e resolver tais gargalos.

Ralf Krause

São Paulo - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 08/05/2007

Acho que existe uma grande incoerência na organização da cadeia produtiva ovina no país. Os frigoríficos e os técnicos incentivam a intensificação da produção e utilização de confinamento para acabar um cordeiro entre 120 e 150 dias (padronizado e com qualidade). Mas na hora de pagar, querem pagar o preço do carneiro (com cerca de um ano de vida) uruguaio criado de forma extensiva a pasto. E na hora de vender chama carneiro de cordeiro.

Logo temos que chegar num acordo. Ou produzimos carneiros de 1 ano para os frigoríficos a preços competitivos com Uruguai e aceitamos que o consumidor não sabe diferenciar o que é um cordeiro ou um carneiro, ou produzimos um cordeiro precoce com padronização e qualidade que tem um custo de produçao mais elevado e remuneramos o produtor por isso. E tentamos mostrar ao consumidor as difenças entre um cordeiro e um carneiro.

Chegou a hora de tomarmos esta decisão.

Gilmar Borges de Brito

Ribeirão Preto - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 09/05/2007

Para fomentar a criação tem que mostrar para o produtor que esta atividade é rentável, distribuindo melhor os lucros por toda a cadeia. Hoje ela está centrada em alguns elos com altas margens, atraindo aproveitadores e não empreendedores.

Para tornar a ovinocultura um negócio, todos os interessados têm que estar comprometidos olhando com uma visão sistêmica e não somente o umbigo.
Distribuindo equitativamente os lucros geraremos uma satisfação em todo processo, garantindo o seu futuro.
Se não for assim perderemos esta ótima oportunidade de estabelecer e consolidar a atividade.

José Luiz Nelson Costaguta

Santana do Livramento - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 18/05/2007

Muito boa exposição do Sr. Ralf Krause. Carne de cordeiro é de primeira qualidade (deve ser bem paga e bem vendida). Carne de ovinos adultos é de pouco rendimento na panela, muita gordura, não bom aspecto, indigesta. Deve ser vendida tambem a preço bem menor. Enquanto não for bem difundido isto, seguirão as confusões.

Fabiana Costa Braz do Carmo

Montes Claros - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 18/05/2007

Muito pertinente o comentário da carta do Sr. Ralf Krause. Estamos começando a fomentar esta atividade aqui na região que é muito mais tradicional na pecuária bovina e um dos gargalos está em realmente aliar preço de mercado da carne ovina pago pelo frigorífico com o custo real de uma produção de ovinos em larga escala.

Acho que precisamos de mais dicussões a este respeito e até buscarmos um parecer dos órgãos governamentais que fomentam esta atividade e literalmente pressioná-los para que se busque mais coerência na organização desta cadeia produtiva.

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